fevereiro 23, 2009

NaftaLina

Relojoaria da Travessa Tobias de Macedo, 1993.
Hoje, relojoaria de produtos chineses, com móveis
modernos e outro proprietário.

Casa Edith
Tradicional comércio que funciona desde o final do século
dezenove, no mesmo lugar com os mesmos produtos.

Relojoaria Reader
Resistiu até a morte do proprietário.


Alfaiataria Riachuelo
Quando o ônibus expresso ainda passava pela rua.
A loja continua aberta.
Vende muitos coturnos para tribos urbanas.


Naftalina, esse apelido me dei.
Tenho um que, não de nostalgia, mas de gosto por olhar os lugares pelo retrovisor.
Na verdade, só olho e registro os lugares. Eles é que se transformam rápido, fazendo de tudo memória.
As fotos que posto, nem tão antigas assim, foram feitas há quinze anos.
Mais exatamente em 1993, quando documentei essa área do centro antigo da cidade de Curitiba.
Agora, que vivo e continuo documentando a região, faço essa pequena edição de comércios antigos da Rua Riachuelo. Desses, a Alfaiataria Riachuelo, da primeira foto, está no mesmo lugar, com a mesma decoração. A lendária Relojoaria Raeder, fechou logo após a morte do Sr. Carl Reader. A Casa Edith continua no mesmo lugar, vendendo chapéus, cerolas, suspensórios, ligas para meia soquete, lenços de tecidos e todos produtos, digamos, de menos uso nos dias modernos.
Há ainda a relojoaria que tinha esse belo balcão anos 50, mas que virou uma relojoaria de produtos chineses.
Assim pulsa, caminha e se transforma a cidade.
Em alguns pontos de forma acelerada. Em outros assim, resistindo às transformações.

Um comentário:

Joaõ Valentin Wawzyniak disse...

Parabéns pelo blog. Vou visita-lo regularmente.
Fiquei feliz ao ver fotos da loja Edith, onde, ainda menino, ia com meu pai. Já voltei lá várias vezes com meu filho.
Vou incluir o link
Valentin

Quem sou eu

Minha foto
Curitiba, Paraná, Brazil
Sou fotógrafa e curiosa. Vivo na cidade de Curitiba e gosto de olhar e documentar a relação das pessoas com os espaços em geral. Levo isso ao pé da letra, quando fotografo as ruas e sua ocupação desordenada. Também nos interiores das submoradias, longe de qualquer padrão de ordem mas com um sentido de segurança, mesmo que penduradas e vulneráveis à primeira chuva. Mas tudo isso tendo como compromisso a beleza, a harmonia. Mesmo na realidade de uma favela, resgatar a dignidade através do belo é o que me interessa. Gosto também, e muito, de design e arquitetura. Da social à contemporânea, o gosto pelo ocupar me interessa. contato: linafaria@yahoo.com.br
Todos os direitos reservados à autora.
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