Na História, quando lemos menções sobre a ocupação de determinadas povoações, a unidade de medida era denominada por "fogões". Símbolo do sedentarismo da família, núcleo do lar, onde seguramente todos se encontravam para se restaurar do desgastes do dia. Preparo de refeições, preparo de banhos, o fogão era espaço nobre, sagrado, até, como o é o próprio fogo.
Quando fui morar na casa onde minha avó vivera anos e descobri que a chaminé havia sido bloqueada, achei um absurdo. Eu estava grávida da minha filha mais velha e já me imaginava a tricotar à beira do fogo. Diante à minha critica, uma tia me pergunta: você sabe o que é acordar em pleno inverno curitibano, às seis da manhã, e tentar acender gravetos úmidos, em meio a muita fumaça e choro? Ah, bom!
Pois é. As mulheres, por vingança, cimentaram a boca das chaminés como que para calar o sacrifício das manhãs.
Nas submoradias é comum o uso da lenha, por economia. Às vezes, quase não há nem chão para sustentar os velhos e bons equipamentos domésticos, como o da foto acima.
Bom dia
Há um dia
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