janeiro 27, 2010

O Paço, no passo certo

"Existem as pessoas boas, as más e os músicos..."

Não me ocorre agora quem escreveu isso, mas concordo.
Ontem, eu que ando meio alienada do que ocorre no 28º Festival de Música,
fui chamada pela arquiteta e grande amiga, Dóris Teixeira, a ver e ouvir o belo uso do Paço da Liberdade. O prédio de arquitetura eclética, construido no inicio do século XX por iniciativa do prefeito Cândido de Abreu, para sediar a Prefeitura de Curitiba.
Após ter sido cedido por anos ao Museu Paranaense, a prefeitura revindicou-o de volta.
Porém durante os anos de negociações e possibilidades, o imovel vazio foi invadido, degradado, quase pereceu. Finalmente o Sesc, em convênio com a Prefeitura, restaurou-o.
A Dóris, enquanto responsável pelo Patrimônio Histórico de Curitiba, foi uma grande militante em favor da recuperação do imóvel. Na época trabalhávamos juntas, e, desde o começo da década de noventa, ela só tinha o assunto na cabeça. Certamente não foi a única mas a que mais se emocionou e se emociona com o espaço ocupado por músicos, artistas e quem o quer ser. O espaço oferece cursos também.
Ontem, Dante Ozzetti comandou um concerto, junto a outros músicos convidados do festival e artistas locais.
Emocionante sentir ocupados os espaços que passaram por toda a sorte de avarias, até serem recuperados e entregues ao público. Nós merecemos!

2 comentários:

Anônimo disse...

Que legal Lina, acho que foi a Fernanda Montenegro que disse essa frase.
Beijos
Iara

Lina Faria disse...

Iara, fico pensando que talvez pela escala que pegamos Curitiba, acabamos criando uma simbiose com ela, não é mesmo? Eu me sinto uma formiguinha que ao vir o enorme formigueiro, se envaidece de ter participado da evolução. Não é mesmo?Outro dia, me contaram, fui citada numa discussão sobre o piso da rua Riachuelo. Certamente com ironia, mas não deixa de ser uma leve preocupação com minha mídia do boca a boca. hehehe...

Quem sou eu

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Curitiba, Paraná, Brazil
Sou fotógrafa e curiosa. Vivo na cidade de Curitiba e gosto de olhar e documentar a relação das pessoas com os espaços em geral. Levo isso ao pé da letra, quando fotografo as ruas e sua ocupação desordenada. Também nos interiores das submoradias, longe de qualquer padrão de ordem mas com um sentido de segurança, mesmo que penduradas e vulneráveis à primeira chuva. Mas tudo isso tendo como compromisso a beleza, a harmonia. Mesmo na realidade de uma favela, resgatar a dignidade através do belo é o que me interessa. Gosto também, e muito, de design e arquitetura. Da social à contemporânea, o gosto pelo ocupar me interessa. contato: linafaria@yahoo.com.br
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