O Retta é seguramente o artista mais irreverente que conheço.
Trabalhou em publicidade, mas do seu jeito.
Foi ele quem criou a logomarca do Positivo, quando a instituição era só um cursinho pré- vestibular da rua Vicente de Machado. Hoje, além de universidade, o grupo é o maior fabricante de computadores do Brasil. Sua logo foi polida, ganhou ares cibernético, mas o conceito da mãozinha continua o mesmo. O Retta também. Não virou capitão de indústria. Ao contrário, não é difícil encontrá-lo com rolos de trabalhos geniais, indo aos amigos para vende-los e pagar um dos alugueis atrasados.
De que corrente vem ele? Dadá, Fluxos, Construtivismo?
Sei lá!
Acho que tudo isso e mais um monte de coisas que ainda surpreendem.
Seu texto gorchomarxista, é do melhor humor inteligente.
Sua pintura, performance e música, são impagáveis.
No domingo, 7 de fevereiro, estará no Museu Oscar Niemeyer, junto a outros artistas que usam terra de todas as cores e texturas, pra um papo informal, como é o próprio.
Outro dia me entrevistaram sobre a geração anos 70 e eu disse que o Rettamozo, junto ao Paulo Leminski e o Solda, eram meus heróis, desde que me iniciei no Grochomarxismo.
É dele a frase que muito uso: "no retrato não sou um, sou três por quatro."
Todo mundo lá, no MON, a partir das 12 horas!
2 comentários:
Lina: quem fez a foto do nossa antena da raça, o Retta Rettamozo, foi o Kito Pereira, com quem toquei (ele é baterista, percussionista, atualmente, na tabla) no Grupo Margem, década de 70. Kito, grande figura, era quem cuidava do nosso Waltel Branco. Mudou-se para Londrina, em virtude do novo casamento e passou a bola para o Mazzinha, que vem cumprindo a missão com dignidade e competência. Selavi, como diz o Boczon.
Corrigido, Dom Suelda. Valeu!
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