Autorretrato

Nesse embalo de autorretratos e fim de verão:
foto narcisista com escultura do artista Spañol, no Parque das Esculturas em Curitiba.
Fiz o making of das obras, - todas em concreto, já que quem patrocinava o espaço era a Votorantin - e não conseguia definir a forma desse trabalho.
Não que arte contemporânea se entenda objetivamente, mas me intrigava muito aquela torre metálica, parecendo um trampolim.

Na primeira chuva de verão, EUREKA!Estava tudo naquela poça de água.
Spañol tinha feito um ambiente ao qual só se entendia refletido.

No final, o paisagismo do entorno seria um espelho dágua.
Um trabalho desses só se justifica em um parque aberto, onde a pessoa tem recuo e tempo necessário para sacar a forma.
Outras esculturas espalhadas pelo bosque, também com esse apelo lúdico visual, propõe peças ousadas que interagem com a natureza.

Pena que, me parece, não há acordo entre Parque e Prefeitura na gestão e administração do espaço que conta com uma pista de caminhada de 4.000m e um enorme atelier para oficinas de escultura.
Enquanto isso as obras estão lá, não inéditas porque já publicadas em livros dos respectivos artistas, mas também não abertas ao público.