O Greca tem Razão!
Se o que está aqui em discussão é a estética da cidade, todos nós cidadãos que pagamos impostos temos a prerrogativa de palpitar, dois pontos e travessão:
- Pintar monumentos, fontes, repuxos é algo, no mínimo anacrônico.
Desculpem, não há veneno.
Há a discussão entre o que acontece em nossa urbe.
Porque não iluminaram também a fonte, como aos monumentos maiores?
Porque o primo pobre da cidade, o Centro, é pintado singelamente, enquanto os outros ganham luzes com técnicas de ponta?
Para o Centro, genérico? Ponta de estoque?
Entendem porque acho fora de época pintar a fonte se ela, por excelência já seria luminosa?
Quem implicava com o Rafael Greca de querer continuar com o pastiche europeu de trazer designes de lá para cá, deve sofrer agora que se vê, sem respeito, trazerem materiais e técnicas do interior - com todo respeito ao interior, - lugares que ainda formam sua cultura.
Já Curitiba despreza seus mais de trezentos anos.
Ah, sim, muito já se perdeu, mas quando sei do hotel da Praça Eufrásio Correa sendo restaurado, vejo que valeu a pena esperar.
Acho também cafona pintarem com as cores da bandeira, como achei ruim quando pintaram a fonte assepticamente de branco, tirando a cor do tempo. Pasteurizando a coisa.
Ao que disse Greca, chamando a pintura da fonte de cafona, ouve a reação dos que não gostam da escultura do cavalo de Ricardo Tod, na Praça Garibaldi, e outros monumentos deixados pelo ex-prefeito.
Arte pública é mesmo complicada.
O povo se apropria, ou não.
Também sofrem com o desenrolar e aculturamento das opiniões que assim se formam, e criam sua falsa identidade.
Mas o que é verdadeiro ou falso em uma cidade se, por vocação, flui sem parar?
Provoca a fruição, sem a qual não se renovaria.
Não seria cidade, sim cemitério, né mesmo?
Mas temos, às vezes, que assombrar o poder da vez, para não perdermos de vez o fio da História.
Quem não Respeita o Patrimônio, Será Punido pela História!
3 comentários:
É uma bocadinho Arte Péssima, mas é assim nas cidades e vilas... Há sempre quem faça asneira.
Argh... Um dos problemas das democracias é que com alguns votos podem ser aprovadas barbaridades que nem o mais bárbaro ditador ousaria.
É verdade, é cafona e meio fora de propósito, mas época de Copa é assim mesmo, né?
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