Memórias Fotográficas
Quando criança morei no interior do Paraná mas vínhamos muito a Curitiba.
Uma certa vez, depois de muito insistirmos, as três filhas, meu pai organizou um roteiro, me parece, de Maringá à Castro ou Ponta Grossa, não me recordo.
Há décadas esses trilhos só levam cargas, na maioria produção agricola.
Lá fomos!
Criança adora o novo. Criança quando vai viajar fica três noite sem dormir de ansiedade.
Bem, isso na época onde locomover-se era uma aventura.
Minha mãe vestia-nos, as três, com o mesmo figurino. Tipo, uniforme das Faria.
Só o da mais velha que mudava o tom mas não o modelo. O meu, caçula, e o da do meio, eram idênticos.
Lá íamos no trem duro e básico, ainda alegres, e passamos por Prudentóplolis, terra de ucranianos, onde um batalhão de recrutas, como esses acima, marchava na rua.
Fiquei espantada e comentei quantos irmãos tinha aquela família!
Todos riram muito.
História bobinha mas que mostra uma hora em que eu percebia o mundo
e manifestava minha reação em relação a ele.
Só sei dessa história porque entrou no elenco de gracinhas da família.
Certamente eu, aos quatro anos, não me dava conta de nada.
Devo ter comemorado só a reação dos risos e a atenção que chamei.
Daí começou, eu acho, minha reflexão sobre o igual e o diferente.
Um comentário:
E são muitos irmãos?
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