CIDADE ESCONDIDA
Algum urbanista, que não me ocorre agora quem seja, falando sobre cidades, faz uma analogia interessante.
Ele diz que um país, um estado, fica mais fácil de entender através de sua geografia, sua economia, colonização, etc...
Já a cidade, por ser mulher, é essa incógnita.
Fruímos, admiramos, cultuamos a cidade, mas dela pouco entendemos. É que ela é viva e camaleônica.
Quando ameaçada, disfarça-se, esconde-se, veste a camuflagem que esteja às mãos, ou aos olhos.
Mas, de repente, vem o novo atropelando e nem sempre respeitando seu estado atual.
Geralmente o antigo, por encardido, acaba sendo concretado, emparedado, sufocado pelo que vem tinindo, atropelando.
"Celaví", como diz o Boczon.
Só se descobre os esconderijos de uma cidade, explorando-a com olhos argutos, com os pés, as mãos e, principalmente, com a curiosidade do coração.
Sempre com tato. Muito tato!
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