agosto 22, 2010






"Não se troca mármore por cimento poroso"







Gosto de ressaltar aos que aqui vêm que esse lugar é totalmente independente no quesito financeiro e politico partidário. Época de campanha comento assuntos que chamam a atenção sobre problemas do centro de nossa cidade, espaço cuja fruição me é rotina. Devolvo-lhe com noticias dela e o que estão fazendo com ela. Gentilezas a devolvo, com noticias dela para vocês. Faço pelo sentido de cidadania.
Pelo gosto às cidades que me seduzem. Por isso respondo meu respeito a quem se preocupa com assuntos que são também do  interesse de todos. Venham outros, eu postarei.





- Postado em 22 de novembro de 2006, quarta-feira - http://www.rafaelgreca.org.br/blog2/?p=383




Na capital, querem trocar mármore impermeável e lavável por pavers, blocos de cimento poroso. Experientes engenheiros estranham o lobby pró-pavers para substituir as históricas calçadas de petit-pavê da capital do Estado. A Prefeitura de Curitiba não pode ignorar que os petit-pavês, além do desenho paranista, feito em 1920 por Lange de Morretes, são de mármore – quando brancos, de diabásio – quando negros, e de basalto do rio Paraná – quando vermelhos. Há que considerar também que os pavers se deterioram facilmente, e mancham. Absorvem sangue, cuspo, urina, óleo.

Pedras portuguesas



As calçadas em mármore e diabásio, trazidas a Curitiba e ao Brasil pelos portugueses, começaram no tempo do Marquês de Pombal, quando da reurbanização do Terreiro do Paço, no centro de Lisboa, à época da sua reconstrução pós-terremoto de 1700. Ali brilham as ondas brancas e negras, depois celebrizadas em Copacabana. Em Curitiba, os motivos são paranistas: pinhas e pinhões estilizados, criados pelo desenho de Frederico Lange de Morretes, artista formado em Munich, e pela escola de pintura de Andersen.

Rafael Greca








Um comentário:

Carlos Romão disse...

Lina,
por cá passa-se o mesmo. Veja, por favor, este caso de destruição de uma bela calçada portuguesa.

Quem sou eu

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Curitiba, Paraná, Brazil
Sou fotógrafa e curiosa. Vivo na cidade de Curitiba e gosto de olhar e documentar a relação das pessoas com os espaços em geral. Levo isso ao pé da letra, quando fotografo as ruas e sua ocupação desordenada. Também nos interiores das submoradias, longe de qualquer padrão de ordem mas com um sentido de segurança, mesmo que penduradas e vulneráveis à primeira chuva. Mas tudo isso tendo como compromisso a beleza, a harmonia. Mesmo na realidade de uma favela, resgatar a dignidade através do belo é o que me interessa. Gosto também, e muito, de design e arquitetura. Da social à contemporânea, o gosto pelo ocupar me interessa. contato: linafaria@yahoo.com.br
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