Todos São Francisco
Mantenham como testemunho, please, o trecho da São Francisco entre a Riachuelo e a Barão do Serro Azul. Não vai prejudicar a excelência de rua gastronômica, projetada pelos urbanistas.
Já pensaram se em Paraty resolvessem mudar os pisos e calçamento pelo conforto dos turistas?
Eles, os turistas, seriam os primeiros a sumir de lá pois perderiam o chão da história.
Na São Francisco temos, alem do conjunto arquitetônico, da escala humana, a história engastada em cada uma das pedras. Essa argola que aparece na foto, por exemplo, fica em frente à Funerária São Francisco, estabelecida na rua desde 1939, usada no começo do século XX para amarrar cavalos.
Não que os defuntos tivessem pressa. Era dos que nasciam a urgência dos que ocupavam o grande prédio em frente à argola. A Maternidade Curitiba, que funcionou décadas ali, fechou. Morreu dando espaço à funerária que ocupava um prédio bem menor ao lado.
Essa é a prova metafórica mas cabal de como essa rua foi perdendo vida.
Agora, vamos com calma. Façam passarelas que facilitem a vida de quem gosta de caminhar com salto alto, ou tenho limitações, por idade ou condição física, mas não coloquem pisos de concreto, nesse trecho que seja. Bares nas calçadas, tudo lindo, mas sem descarecterização, né?
Ah, e ocupem o Palácio Riachuelo. Por fora está até bonitinho, pintado de verde, mas por dentro, podrinho, podrinho.
2 comentários:
Obrigado pela lição; já tinha fotografado essa argola, mas nem fazia idéia qual a utilidade. Morei em dois endereços daquele quarteirão da rua São Francisco e também temo pela permanência dessa calçada, com a tal reforma. Que eu saiba, calçadas como essa, de enormes paralelepípedos, apenas restam duas inteiras no centro histórico, e pequenos fragmentos na Av. Batel. Deveriam ser preservadas sim, além de belíssimas, fazem parte da história da cidade.
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