Thadeu Wojciechowski
Aviso aos navegantes em outro mar
Ninguém na Terra está tão só como eu agora.
A abóbada celeste, de um azul profundo,
Já acendeu todas suas luzes lá de fora
E eu vejo então toda beleza deste mundo.
Meu olhar vai de constelação a constelação
E de constelação em constelação vou,
Como vai a emoção, de coração a coração,
Perguntando de ode vim?, onde estou? quem sou?
Uma lágrima cai do meu rosto e orvalha
Uma pequena folha que, distraidamente,
Quase esmago. Mas meu peito todo se cala
Diante do milagre que está à minha frente.
Pra que saber? Por quê? os séculos futuros
Terão o mesmo véu de mistério, o mesmo
Enigma devorando o indecifrável medo
Do homem, que, por pura ambição, vive em apuros.
A hipótese bestial do apocalipse é triste,
Transforma nosso destino e nos acomoda,
Não nos dando a opção de agir sobre o que existe
E o meu vizinho fosse só alguém que incomoda.
É o mundo dos solitários, dos lunáticos;
Estes vivem à parte, aqueles, a chorar
Por si mesmos. E eu vejo a dor desses fanáticos,
Como um aviso aos navegantes em outro mar
* do livro “Os Bêbados Amam Demais”, Antonio Thadeu Wojciechowski
Thadeu, o polaco da Barreirinha, é esse cara intenso, sempre foi, que vive a solidão dos que querem porque querem entender o mundo.
E antes que o comparem ou tomem como oportunismo o fato dele ser polaco e usar o bigodão a Leminski, nada a ver.
O cara tem e sempre teve luz própria.
Assim como a Estrelinha, voltando do mestrado na Espanha, nos inunda com seu talento.
Cada um a seu modo.
Claro, todo o curitibano de várias gerações se identifica com o polaco Leminski.
Depois do papa, só o Paulo dignificou os estigmatizados polacos.
Paulo Leminski é um CLÁSSICO, e como tal, seu espectro plaina e plainará nessa Curitiba em busca de identidades.
Ele deve adorar isso. Quem conviveu com ele sabe o quanto queria essa onipresença, mesmo que herege.
Ontem fui às Ruínas de São Francisco conferir um movimento a favor da reabertura da Pedreira Paulo Leminski.
Era uma reunião de BGs - bicho grilo -, misturados a outros elos perdidos. Roqueiros, biritões, maconheiros, uma vitrine de gerações, como a volta dos mortos vivos.
Haviam crianças, senhoras e jovens mudernos em geral.
Ah, e tudo isso abaixo de chuva, como manda o cenário curitibano.
O que estranhei foi que, ao contrário do que se comenta, o nome de Leminski não foi explorado no evento pela reabertura da Pedreira que leva seu nome.
Vejam pelo cartaz nas fotos que postarei em seguida.
Uma viagem no tempo:
E de constelação em constelação vou,
Como vai a emoção, de coração a coração,
Perguntando de ode vim?, onde estou? quem sou?
Uma lágrima cai do meu rosto e orvalha
Uma pequena folha que, distraidamente,
Quase esmago. Mas meu peito todo se cala
Diante do milagre que está à minha frente.
Pra que saber? Por quê? os séculos futuros
Terão o mesmo véu de mistério, o mesmo
Enigma devorando o indecifrável medo
Do homem, que, por pura ambição, vive em apuros.
A hipótese bestial do apocalipse é triste,
Transforma nosso destino e nos acomoda,
Não nos dando a opção de agir sobre o que existe
E o meu vizinho fosse só alguém que incomoda.
É o mundo dos solitários, dos lunáticos;
Estes vivem à parte, aqueles, a chorar
Por si mesmos. E eu vejo a dor desses fanáticos,
Como um aviso aos navegantes em outro mar
* do livro “Os Bêbados Amam Demais”, Antonio Thadeu Wojciechowski
Thadeu, o polaco da Barreirinha, é esse cara intenso, sempre foi, que vive a solidão dos que querem porque querem entender o mundo.
E antes que o comparem ou tomem como oportunismo o fato dele ser polaco e usar o bigodão a Leminski, nada a ver.
O cara tem e sempre teve luz própria.
Assim como a Estrelinha, voltando do mestrado na Espanha, nos inunda com seu talento.
Cada um a seu modo.
Claro, todo o curitibano de várias gerações se identifica com o polaco Leminski.
Depois do papa, só o Paulo dignificou os estigmatizados polacos.
Paulo Leminski é um CLÁSSICO, e como tal, seu espectro plaina e plainará nessa Curitiba em busca de identidades.
Ele deve adorar isso. Quem conviveu com ele sabe o quanto queria essa onipresença, mesmo que herege.
Ontem fui às Ruínas de São Francisco conferir um movimento a favor da reabertura da Pedreira Paulo Leminski.
Era uma reunião de BGs - bicho grilo -, misturados a outros elos perdidos. Roqueiros, biritões, maconheiros, uma vitrine de gerações, como a volta dos mortos vivos.
Haviam crianças, senhoras e jovens mudernos em geral.
Ah, e tudo isso abaixo de chuva, como manda o cenário curitibano.
O que estranhei foi que, ao contrário do que se comenta, o nome de Leminski não foi explorado no evento pela reabertura da Pedreira que leva seu nome.
Vejam pelo cartaz nas fotos que postarei em seguida.
Uma viagem no tempo:
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