Curitiba & Lixo
Uma relação Respeitosa
O curitibano, quando o caso é lixo, trata o assunto como de honra.
Quer deixar a comunidade louca é quando os garis entram em greve.
Foi o que aconteceu semana passada.
A greve durou pouco. Os profissionais ainda limparam os resíduos do carnaval e pararam.
Voltaram pouco mais de 24 horas depois, o que sobrou para os curitibanos o desconforto
de disputar as calçadas com sacolas e lixos espalhados. Isso não é habitual, pelo menos no centro da cidade.
Apesar de termos um sério problema físico, que se desenrola há anos, de onde instalar nossa usina de lixo,
o sistema desse tratamento é exemplar.
Contamos também com a boa formação de pelo menos duas gerações, quando o ensino público municipal
começou a ensinar às crianças a separar o lixo. Esses, além de explicar aos pais sobre preocupação com a saúde do planeta, ainda os estimulavam a recuperar materiais dos fundos de vales e trocá-los por legumes e frutos de época.
Hoje, anos depois, os carrinheiros, ou recicladores de resíduos, como se auto denominam, são organizados em associações e não sei se ainda há o programa de troca na secretaria municipal.
Só sei que fortaleceu o bom hábito curitibano de respeitar o espaço coletivo.
De tratar sua cidade como sua casa. Hábito esse passado de forma prática e simples à desordenada
região metropolitana. Pela educação básica.
Mas agora, tudo normal. Tudo no padrão aparentemente normal que esse aglomerado humano e consumista permite e merece.
Como produzimos, em geral, lixo!
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