trabalho de efigênia rolim
Horror, horror, horror!
Não consigo dar outra classificação para fatos que têem acontecido ultimamente, no raio de poucos metros
da dita selva de pedras do centro urbano onde estou.
A fera homem, Saturno às avessas, raivoso a barganhar, regurgitar a própria cria encomendada, por excesso de unidades do "produto".
Pois é. Eu que encho a bola da cidade onde vivo, que acredito ser a cidade produto de quem nela vive,
sinto-me em estado de torpor, diante de duas aberrações sociais que vêem à baila, em menos de dois dias, bem próximo de onde moro.
Confesso que não venho acompanhando os fatos com rigor, mas o que sei me basta para concluir que a vida, a cada dia, perde seu valor.
A vida não vale mais nada!
Se uma pobre adolescente socialmente desestruturada, cai nas drogas, engravida, vende o filho - certamente para comprar mais drogas - arrepende-se e acaba morta pela compradora, pensa-se, a culpa é do sistema.
E é.
Isso aconteceu com uma menina da região metropolitana de Curitiba, essa semana.
A criança sobreviveu. (?)
Já o outro caso transcende qualquer lógica do código humano de ética e de sentimentos.
Um casal - não seriam andróides? - que submeteu-se a um processo de fertilização, não satisfeitos com o resultado de três meninas, ao invés de duas, conforme a "encomenda", refugou uma "unidade".
O médico, chocado com a tentativa de barganha dos pais, comunicou o Ministério Público que tomou a guarda das três crianças, entendendo que o casal não tem condições de educar e formar caráter.
Nesse caso, minha vergonha nem é por serem curitibanos.
É por serem humanos.
Muita vergonha!
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