TRAPO FINO

Tudo começou quando seus clientes passaram a jogar suas pontas de cigarro

em frente à sua loja, na Carlos Cavalcanti.

Clayton Teixeira, então, com um pedaço de tubo de PVC, fez um cigarrão,

para que os fumantes deixassem ali suas bitucas.

A apropriada apropriação do espaço otimizou-se.

Lixeiras seletivas foram instaladas por ele e,

todos os dias,

uma frase, um aforismo, um hai-cai,

sempre citações de clássicos da literatura, ilustram

o mural de Clayton, que  gosta de arte, teatro e literatura,

o que o fez estabelecer-se em uma região alternativa onde, acredida,

as pessoas são cosmopolitas e preocupam-se com sustentabilidade.

argumenta ele o seu comércio de roupas usadas.

Para ele,  que veio há anos de Três Barras, interior do Paraná,

mais que brechó, um estilo de vida.

.Tem razão. A concentração de teatros, seus atores, músicos,

criam essa cultura da costumização,

recurso criativo e original à falta do recurso financeiro.