julho 01, 2011










Maí Nascimento,


Sobre a Posse de Paulinho Vítola:














"Na noite de segunda-feira, sob um frio polar, as portas do Teatro do Paiol se abriram para conter uma síntese de Curitiba.



Talvez daquela Curitiba cartorial que incomodava Jamil Snege, porque ia da Rua das Flores ao Passeio Público. Com certeza, aflorou naquela noite a cidade sem portas de Paulinho Vítola, Marinho Galera, Adherbal Fortes de Sá Júnior e toda uma geração que cantou a Curitiba dos quatro pontos cardeais, da Rua das Flores, do último andar do Garcez, da polaquinha do cabelo pixaim, das personagens imóveis e móveis, de parceiros como Lápis.


Que a posse de Paulo Francisco de Souza Vítola havia de ter música, é como na Boca Maldita: falou, tá falado, seu doutor. Que a apresentação do mestre René Dotti haveria de conter poesia em prosa, já era esperado. Mas que Paulinho Vítola fizesse uma analogia entre o nome do primeiro Vítola vindo ao Brasil – o italiano Vicenzo , em português Vicente – , seu patrono na cadeira na APL, Vicente Machado, e a rua Vicente Machado de sua infância... bem, isso foi inesperado, uma boa história redondinha e carregada de emoção.


Quem adorou estar presente,de maneira especial, foi o confrade Laurentino Gomes, que fez verdadeira maratona para chegar a tempo e poder se lembrar da sua Curitiba, do tempo em que era repórter do Correio de Notícias e de O Estado do Paraná.


Quem não perdeu uma palavra dos discursos foi Gustavo Fruet , de presença especialmente citada pelo presidente da APL, Eduardo Rocha Virmond. Os vereadores Luiz Cláudio Derosso e Paulo Salamuni aproveitaram a oportunidade para entregar a Paulinho Vítola o diploma de Vulto Emérito de Curitiba.


Um vulto emérito que transita por tribos tão diversas quanto as do eterno político Euclides Scalco e so músico Valtel Branco, por exemplo, passando pelo multimídia Carlos Fernando Mazza e a presidente da Associação dos Amigos do HC, Maria Elisa Paciornik – que coordenará a comemoração do centenário da Universidade Federal do Paraná, em 19 de dezembro de 2012.


A noite fria se aqueceu com música, poesia, memórias e conversa cordial e franca entre amigos, em torno de “capeletti in brodo” (Vincenzo Vitola com certeza apreciaria) e o brasileiríssimo caldo de feijão (sempre presente em terras tropeiras como a Castro de Vicente Machado). E Paulinho Vítola, que imortalizou Curitiba, nela se tornou imortal. "
 
 
 
 
*não é um luxo a elegância do texto de Maí Nascimento ao amigo?
 
 
 
 




2 comentários:

san disse...

Vincenzo Vitola, o nome do bisavô.

Lina Faria disse...

Valeu a correção, San!

Quem sou eu

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Curitiba, Paraná, Brazil
Sou fotógrafa e curiosa. Vivo na cidade de Curitiba e gosto de olhar e documentar a relação das pessoas com os espaços em geral. Levo isso ao pé da letra, quando fotografo as ruas e sua ocupação desordenada. Também nos interiores das submoradias, longe de qualquer padrão de ordem mas com um sentido de segurança, mesmo que penduradas e vulneráveis à primeira chuva. Mas tudo isso tendo como compromisso a beleza, a harmonia. Mesmo na realidade de uma favela, resgatar a dignidade através do belo é o que me interessa. Gosto também, e muito, de design e arquitetura. Da social à contemporânea, o gosto pelo ocupar me interessa. contato: linafaria@yahoo.com.br
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