FOI A TESOURA
DO DESEJO,
DESEJO MESMO DE MUDAR...
Fique claro, não tenho nenhum distúrbio físico que
me prive das madeixas, tampouco estou solidária ao Lula,
apesar de respeitar sua dor.
Apenas uma reclusão que me fez, medusa as avessas,
podar minhas serpentes.
Refletindo sobre nosso patrimônio
anatômico,
do que é renovável
e do que tem cota estanque,
invariavelmente me veio à mente
cabelos e dentes,
ambos comprometidos genética e socialmente
ao histórico de cada um.
Revendo amigos e amigas de longa data,
o cabelo, seja por sua quantidade, não quantidade ou cor,
continua sendo a moldura do rosto,
portanto não mais importante, pra mim, que os olhos.
portanto não mais importante, pra mim, que os olhos.
Ao homem há a opção bigode, barba, cavanhaque, sei mais o que.
Já à mulher, cabe o recurso químico, o de apliques, amarrações, cujo o nome das técnicas desconheço mas não desdenho, junto a um monte de traquitanas alegóricas, se de gosto.
Cada um faça de sua carcaça o que bem entender.
A minha agora é essa,
assim pelada.
Fiquei mais feia, acho.
Mas o tempo, senhor das verdades mais cruéis,
há de melhorar as coisas.
Nem sã sou, nem dali
nem de lá
de Salvador.
Então deixa. Deixa a madeixa descansar.
A minha agora é essa,
assim pelada.
Fiquei mais feia, acho.
Mas o tempo, senhor das verdades mais cruéis,
há de melhorar as coisas.
Nem sã sou, nem dali
nem de lá
de Salvador.
Então deixa. Deixa a madeixa descansar.
2 comentários:
ja tive esse impeto uma vez na vida, de descobrir meu coro cabelud oe entender os contornos da minha cabecinha... 'e sempre uma renovaçao, ne lina, e um jeito de conversar com o mundo. tambem adoro a forma como voce escreve... os olhos sao mesmo mais importantes...
besos
Katia,
quero te ver mas
sou preguiçosa.
quando vier ao centro, vamos tomar um café?
beijo!
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