NOSSA LINDA JUVENTUDE...
...OU, MINHA VIDA PELOS OUTROS, QUANDO FATOS ATUAIS ME REMETEM A HISTORIAS LATENTES NUM CAMPO INCONSCIENTE, MAS NÃO DELETADAS.
O 14 Bis. mineirada que conheci ainda como O Terço, que, salvo engano, nessa atual composição só se mantem o Sérgio Magrão.
Tempos ilustrados, quando eu trabalhava na Gang, agencia publicitaria do legendário Lívio Rangan, "o homem que trouxe a moda para o Brasil".
Mas, entre modas e modos, eu como assistente de estúdio, jovem curiosa e bonitinha, logo me bandeei para a música, pois na mesma rua, a Alves Guimarães, ficava também a WEA e a Vice-Versa, estúdio de Rogério Duprat.
Todas as segundas-feiras, eu ia até a WEA apanhar as capas originais dos vinis que seriam lançados na semana, e os reproduzia na Hasselblad, em negativo de cor, para catálogos.
O que era um trabalho prosaico demais pro louco do frances Jean Pierre Refaou, o fotógrafo de quem eu era assistente, pra mim era o reino da tietagem.
Tietagem essa discreta, pois, pasmem, eu era super tímida.
Já a vice-versa comecei frequentar através da padoca da rua que ficava, concidência?, na esquina da Rebouças.
São Paulo, claro, mas uma sucursal do Clube da Esquina.
Era "77, "78, quando a mineirada, imagino, gestava o 14 Bis.
Mas ainda peguei o Terço com LuizMoreno, Sérgio Kaffa, Sérgio Magrão, Sérgio Hinds, Flávio Venturini e outra minerada que morava no Brooklin, como eu, e tinha uma chácara maluca, onde cheguei a ir com Laura De Nigres, então paixão do Magrão.
Não raro, lá estavam tomando o café da manhã, Duprat, Milton Nascimento, Flávio Venturine e outros músicos com cara de ontem, após passarem a noite gravando.
Deles todos, só revi o Hinds, mas também há muito tempo.
Agora quero ver se consigo ver o show e tentar falar com o Magrão, última conta do Terço e autor do clássico
"nossa linda juventude,
páginas de um livro bom..."
* céus, estou mesmo ficando velha. já começo minhas memória, assim, como se a alguém interessasse. sorry...
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