“Os filhos dos filhos
são uma coroa para os idosos...” Salomão (Pv.17.6).
Coroa era a vovózinha do Salomão.
Vou ser avó e não me sinto idosa.
Ao contrário, curiosa, ansiosa, louca para imaginar a carinha de um
pequeno varão que vem aí.
Cruzes, um menino!
Que sei eu sobre esses seres
que falam grosso e nem sempre contam
as estrelas?
Porque o universo masculino
é para mim uma incógnita.
Como pensam e querem diferente da gente.
Que dificil se fazer aceitável a esses seres
volúveis, por muito tempo.
Eu, que só suporto o intenso,
acho dificil o dia a dia
com moços ou nem tão moços pela idade..
Cresci entre duas irmãs e um pai
que foi mais mãe que pai.
Tive duas filhas.
Convívio, tipo casamentos, dois.
Um de curta, outro de média duração.
portanto está aí minha lacuna sobre o masculino.
Faço um estágio de convivio com o Rimon Guimarães, enfant terrible de 23 anos, que, manso como um gato, só se faz ouvir quando estuda flauta.
Mas aí é diferente. É afinidade de quem cria na solidão, com espaço físico para tanto.
Nosso não convívio passa pela velada sabedoria do respeito ao espaço de cada um.
Ocupamos o mesmo teto, sem ter necessidade de sentir um ao outro. Nem no fraterno, como cobrança, mas como amizade que se mantem por um código desnecessário de ser conversado.
Já neto, imagino, será diferente.
Que venha esse guri,
que já é querido e esperado por todos,
ai a gente ve no que vai dar.Que venha de bem com a vida.
Ela é também muito bela!
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