Poi é, João. E aqui estás, testemunho de um momento muito triste. O crepúsculo de um homem que viveu para a fotografia mas não soube viver dela.
Não soube engolir o sistema e acabou abatido por ele. Era uma pessoa de talento especial. Um alquimista, fazia experimentos químicos. `Melhorava` as receitas dos reveladores da agfa, detestava a kodak. era um grande laboratorista, um crack. Ficava sem comer para comprar uma boa macro que o fizessem reproduzir melhor as fotos de época que apareciam na Casa da Memória.
Bem, mas como dessa ninguém sai vivo, vamos cá celebrar escrevendo com a luz, que certamente nunca abandonará um fotógrafo.
A foto é uma grosseira holografia. ehehehe, brincadeira. é a superposição de quatro planos.
Lina, Eu fui vizinha dele por algum tempo... o Macaxeira me apresentou e passamos a ter conversas. Ouvi estórias, teorias, queixas, planos, reclamações, denúncias, fantasias e resumos de dura vida... um dia abri a janela do quarto e vi um caminhão parado, fazendo sua mudança. Ele só me acenou, sem explicações. Meses depois o vi passeando com o fiel cão aqui, pelas imediações do Canal da Música. E agora essa notícia. Tudo, tudo, tudo muito triste...
Sou fotógrafa e curiosa.
Vivo na cidade de Curitiba e gosto de olhar e documentar a relação das pessoas com os espaços em geral.
Levo isso ao pé da letra, quando fotografo as ruas e sua ocupação
desordenada.
Também nos interiores das submoradias, longe de qualquer padrão de ordem mas com um sentido de segurança, mesmo que penduradas e vulneráveis à primeira chuva.
Mas tudo isso tendo como compromisso a beleza, a harmonia. Mesmo na realidade de uma favela, resgatar a dignidade através do belo é o que me interessa.
Gosto também, e muito, de design e arquitetura.
Da social à contemporânea, o gosto pelo ocupar me interessa.
contato: linafaria@yahoo.com.br
3 comentários:
LINA
Fiquei surpreendido com esta imagem !!!
Tive que ler tudo que escreveste e o que está abaixo sobre o HARATON.
Acompanho-te no teu voto.
Um beijo.
Poi é, João.
E aqui estás, testemunho de um momento muito triste.
O crepúsculo de um homem que viveu para a fotografia mas não soube viver dela.
Não soube engolir o sistema e acabou abatido por ele.
Era uma pessoa de talento especial.
Um alquimista, fazia experimentos químicos. `Melhorava` as receitas dos reveladores da agfa, detestava a kodak. era um grande laboratorista, um crack.
Ficava sem comer para comprar uma boa macro que o fizessem reproduzir melhor as fotos de época que apareciam na Casa da Memória.
Bem, mas como dessa ninguém sai vivo, vamos cá celebrar escrevendo com a luz, que certamente nunca abandonará um fotógrafo.
A foto é uma grosseira holografia.
ehehehe, brincadeira. é a superposição de quatro planos.
grande beijo, João!
Lina,
Eu fui vizinha dele por algum tempo... o Macaxeira me apresentou e passamos a ter conversas. Ouvi estórias, teorias, queixas, planos, reclamações, denúncias, fantasias e resumos de dura vida... um dia abri a janela do quarto e vi um caminhão parado, fazendo sua mudança. Ele só me acenou, sem explicações. Meses depois o vi passeando com o fiel cão aqui, pelas imediações do Canal da Música. E agora essa notícia. Tudo, tudo, tudo muito triste...
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