FAXINAL DAS ARTES
Cem artistas nacionais engastados sob uma mata couve-flor de araucárias, no epicentro do Paraná.
Um atelier residencia, sob a curadoria de Agnaldo Silva, manteve um elenco de artistas contemporaneos durante duas semanas, isolados do mundo.
Claro, muitas boas experiências rolaram. Difícil processar tudo.
Como eu estava indo para Caracas, expor no Museu Celarg minha exposição
Prisão Feminina, montei em caixinhas de fósforo o material do Faxinal do Céu.
Quase dez anos depois, ao mexer no material, me impressiona de como a arte prenuncia algumas coisas.
Nesse atelier, onde cada artista propunha uma produção gerada ali durante aquela temporada, a escolha de Alice Yamamura, grande ceramista, foi a de moldar várias máscaras mortuárias, de quem se dispusesse a faze-lo.
Claro, novidadeira que sou, entrei no mórbido cardápio de Alice, uma figurinha miúda que se vestia e parecia uma boneca. Doce e talentosa figura.
Já Rogério Ghomes, tinha como mote em su
Essas peças, depois de recortadas, eram distribuídas pelo artista que se simulava um serial killer.
A cada manhã, às vezes de dia, mais um corpo aparecia.
Há nas fotos o corpo de Alice recortado na placa de madeira.
Ao lado, saindo da caixinha, Rogério Ghomes, junto aos painéis a serem cortados.
Bem, resumindo, há dois ou três anos, Alice morreu de morte natural de um mal nunca esclarecido.
Essa montagem que fiz tem no mínimo oito anos, mas parece uma leitura de hoje.
Ah, o Rogério Ghomes, vai bem, obrigado,,,
Já nossa querida Alice, encantou.
Encantadora, sempre foi.
2 comentários:
Lina:
Saudades
Que nem que eu, Soruda!
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