O TEMPO
E O VENTO
Gente, não é anacronismo.
Não é gostar da decadência.
A questão é a cidade.
O conjunto cidade, seus ocupantes e seus planejadores.
Não podemos boicotar nossos espaços, impermear nosso solo,
bloquear as corrente de ar que vêm do mar, do norte,
do sul do mundo.
Não podemos bloquear o sol!
UMA QUESTÃO DE ESCALA
Quando vimos os nacos mais nobre da cidade, seu sítio inicial, sendo negligenciado, bate uma certa angustia. Uma impotência em relação a algo que observamos há anos, sem nada fazer senão documentar
as transformações, quase sempre cruéis.
Há menos de um mês um incêndio queimou um casarão da Rua 13 de Maio, há metros desse terreno da Casa das Bombas. O conjunto de árvores que a cercava, ficou chamuscado. Dentre elas, uma araucária.
Agora, após o desmonte ter começado pelo cata-vento que tão bem compunha com o Solar dos Guimarães, a Casas das Bombas fecha mesmo as portas.
O prédio, com uma fachada decô pobre, teria seu charme se recuperado mas, temo, não se sustente pela
arquitetura.
Nesses casos, penso eu, o bom senso pede que se considerem a escala e a vocação do entorno quanto a ocupação do espaço.
Afinal, o destino do vizinho das edificações mais antigas da cidade, que são a Casa Romário Martins e a Igreja da Ordem de São Francisco, esta por um pingo.
Um comentário:
No Largo da Ordem não se fala em outra coisa:
o terreno está sendo vendido a três milhões e meio.
Quem investir essa grana, vai querer um retorno moooito bom.
Quem viver verá.
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