novembro 21, 2009

Portal do Passeio Público

http://europeforvisitors.com/paris/articles/paris-dog-cemetery.htm

"Os dois portais art noveau do Passeio Público foram projetados
quando da reforma do Passeio público promovida, em 1915, por Cândido de Abreu é de autoria do arquiteto francês Joseph Bouvard..."( leia na integra a errata do leitor nos comentários).
* Recebo de um atento e ilustrado leitor anônimo, uma correção sobre essa postagem.
O curioso é que eu já sabia do fato de o portal ser igual ao do cemitério de Paris. Fui ao google para saber o nome do arquiteto.
E lá encontrei:
Trata-se de um dos mais importantes símbolos da capital paranaense e uma grande área verde em plena área urbana. Seus dois portais, projetados pelo arquiteto Frederico Kirchgässner, são réplicas dos portões do Cemitério dos Cães, de Paris.

O texto do leitor, elegante, categórico, dá uma aula de história de Curitiba, cujo sotaque, acho, reconheço. De menos. O bom é ter a sorte de termos nos equivocado e sermos corrigidos de forma tão sútil.
Acionei o Google para confirmar a autoria do Portal do Passeio, e a Wikipedia fez o desserviço de informa-lo errado. Querendo conferir:

2 comentários:

Anônimo disse...

Por favor! Corrijam-se os equívocos.
1) O portal construído implantado quando da reforma do PP romovida, em 1915, por Cândido de Abreu é de autoria do arquiteto francês Joseph Bouvard, que também projetou o (atualmente inexistente) portal do Cimitière des Chiens de Asnière-Sur-Seine. Esse último lembra o do P P (o autor é o mesmo), contudo, o portão do cemitério era decorado com esculturas de cachorros e não tinha a finalidade de dar acesso para automóveis, como ocorreu com os portais do Passeio Público até 1965. Joseph Bouvard, é um arquiteto francês que, por 47 anos, respondeu pelos Serviços de Arquitetura, Passeios, Viaturas e Pano de Paris, e que esteve no Brasil desde 1914. Bouvard propôs ao PP uma concepção artística e paisagística orientada pelos critérios adotados nos parques de caráter haussmmaniano, com a criação de grutas (Ilha da Ilusão), estalactites (Ilha dos Amores), pontes de pedra, rochedos artificiais, cerca imitando elementos da natureza. Paralelamente, o plano previa como toque de modernidade a implantação de uma avenida para circulação de veículos e, para tanto os portões tinham uma função estrutural além de decorativa. O desenho dos portões formando três grandes volutas que se entrelaçam, dava lugar, à entrada e saída de veículos pelo centro (o que foi permitido até 1965), enquanto o acesso de pedestres era feito pelas aberturas laterais . Hoje, resta apenas um portão original, aquele situado na esquina das ruas João Gualberto com Pres. Faria, que é tombado pelo Patrimônio Estadual. Sua inauguração deu-se em 22 de outubro de 1915, logo jamais poderia ser projeto de Frederico Kirchgässner, que neste ano nem havia cursado arquitetura. Em 1974, foi construída uma réplica do portão na esquina das ruas Presidente Faria e Carlos Cavalcanti. A construção da réplica pôs fim às tentativas mal sucedidas de portões em estilo moderno e foi proposta do Prefeito Jaime Lerner. Naturalmente, nenhum arquiteto assina a autoria da réplica, que sendo réplica não tem autor. Da mesma forma, autor ( no caso Bouvard) não faz réplica da própria obra, no máximo, adapta um projeto de sua autoria. ( Vide Passeio Público, o primeiro parque de Curitiba - Boletim da Casa Romário Martins).
2) Maior reparo se deve ao nome de Frederico Kirchgässner (1899-1988) que não teve qualquer envolvimento com o projeto do PP e que deixou em Curitiba uma obra profundamente original. Kirchgässner é um dos maiores nomes da arquitetura modernista (nunca art nouveau) de Curitiba, conhecido pela residência que projetou na Rua 13 de Maio esquina com a Portugal - tombada pelo Patrimônio Estadual após sua morte, ocorrida em 1988. Durante quase toda sua vida trabalhou no Departamento de Urbanismo da Prefeitura, após viajar, em 1929, para Berlim, onde prestou os exames e conseguiria o diploma de arquiteto, frequentando também curso de Belas Artes. Em 1930, projeta e constrói sua residência na Rua 13 de Maio esquina com a Portugal.Situada em terreno íngreme, de acordo com o próprio Kirchgässner, a casa foi construída, na época, num local estratégico, pois possuía a vista da cidade e a panorâmica da Serra do Mar, visão esta que não é mais possível atualmente.
Kirchgässner conseguiu realizar apenas mais uma casa nas linhas do modernismo, a de seu irmão na Rua Visconde de Nacar.

Anônimo disse...
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Curitiba, Paraná, Brazil
Sou fotógrafa e curiosa. Vivo na cidade de Curitiba e gosto de olhar e documentar a relação das pessoas com os espaços em geral. Levo isso ao pé da letra, quando fotografo as ruas e sua ocupação desordenada. Também nos interiores das submoradias, longe de qualquer padrão de ordem mas com um sentido de segurança, mesmo que penduradas e vulneráveis à primeira chuva. Mas tudo isso tendo como compromisso a beleza, a harmonia. Mesmo na realidade de uma favela, resgatar a dignidade através do belo é o que me interessa. Gosto também, e muito, de design e arquitetura. Da social à contemporânea, o gosto pelo ocupar me interessa. contato: linafaria@yahoo.com.br
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