dezembro 04, 2009

Ainda a despaisagem...

Passei de novo em frente à casa que postei abaixo. Chovia e eu estava dentro do Circular Centro, um ônibus que quebra o galho de quem não gosta de caminhar, mesmo curtos trajetos, ou quer fugir da chuva, como era meu caso. Mas acionei o alarme para descer e procurei um marquise amiga, mais pra proteger o equipamento, registrando o outro lado da moeda.
Vejam esse corte lateral mostrando que, ou a casa era maior e uma ala já se foi, ou, o que me parece mais provável, uma outra edificação ao lado foi abaixo. Isso me aumenta ainda mais o sentimento de perda. Fosse de alvenaria, por ser demolida antes, não permitiu que eu registrasse a silhueta cicatriz da casa de madeira condenada.
"Selavi"...


6 comentários:

aveloh disse...

Ainda hoje estava comentando com minha prima Zaclis (do www.operadorfotográfico.blogspot.com/ sobre minha confiança em minha intuição sobre a arte. E Minha intuição me diz que você tem um inconfundível olhar de artista.

Anônimo disse...

Acompanhar essa obra, seria uma boa ideia!

Jorge Pinheiro disse...

Despaisagem é uma palavra fabulosa e não podia ter melhor emprego. Vou adoptar. Tb. temos muita despaisagem po cá.

Lina Faria disse...

"Pentimentos e Despaisagens" é o trabalho que exporei ano que vem, Jorge.


Obrigada, amigos Aveloh e Eduardo.

Lee Swain disse...

Tua pesquisa me evoca a trama de "Crônica de uma morte anunciada" de Gabriel Garcia Marques, em que os personagens, mesmo sabendo das intenções do assassino, não conseguem impedir que um crime seja cometido. Todos olhamos para esta imagem e sabemos o que vai acontecer. E não podemos fazer nada para impedir.

Marcelo Amorim disse...

Esse trabalho é emocionante, a exposição será certamente emocionante. Pensei aqui no que seria somar às suas imagens algumas pílulas de informação sobre quem viveu nessas moradas, alguma história de família, alguma coisa que fosse. Só pensei, porque não é preciso, sem dúvida não é.

Quem sou eu

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Curitiba, Paraná, Brazil
Sou fotógrafa e curiosa. Vivo na cidade de Curitiba e gosto de olhar e documentar a relação das pessoas com os espaços em geral. Levo isso ao pé da letra, quando fotografo as ruas e sua ocupação desordenada. Também nos interiores das submoradias, longe de qualquer padrão de ordem mas com um sentido de segurança, mesmo que penduradas e vulneráveis à primeira chuva. Mas tudo isso tendo como compromisso a beleza, a harmonia. Mesmo na realidade de uma favela, resgatar a dignidade através do belo é o que me interessa. Gosto também, e muito, de design e arquitetura. Da social à contemporânea, o gosto pelo ocupar me interessa. contato: linafaria@yahoo.com.br
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