maio 13, 2010





Ah, os Poetas...






jornal da tarde/tirado do http://cartunistasolda.blogspot.com/





Itamar Assunção e Narciso Assunção,
dois irmãos paulistas que chegaram de Londrina à Curitiba fria e puritana dos anos setenta.
Narciso, direto para os estúdios de televisão.
Itamar, direto ao Brasil, by São Paulo.
 Parece pouco? Não nessa Curitiba "branquinha" da década de setenta/oitenta.
Um negro entrar nos lares curitibanos,
bem na hora da sopa de feijão seguido do "cafezão" com xineque do final do dia?
Uma glória!
Já Itamar, um fenômeno. Negro, lindo, sensual e talentoso.
No palco, conseguia, só com o swing da sua voz e de seu físico de Apolo,
arrancar suspiros, e muitos! das moças.
Um Deus!
Na sociedade, um negão que rebolava e ainda assim ganhava toda admiração das mulheres?
Uma ameaça!
Acho que quem assistiu a um show dele, tem que colocar no curriculum.
Sem exagero, o moço era um Petáculo!
Alice Ruiz, como parceira de músicas e alegrias, que o diga.

Sofreu tanto preconceito, que sua banda chamava-se Isca de Policia,
pela suspeita que criava nos meganhas por ser negro e andar pela noite
com um gravador e fitas demo para mostrar seus trabalhos
a quem lhe cruzasse nos becos paulistanos.
Batata! Era detido pelo primeiro policial que o revistasse
Achavam que ele teria afanado de algum carro.
Hoje pode ser folclórica essa história, mas à época, era literalmente um assombro!
Ser negro era um pecado nesses diss não tão distantes.
Ainda é para muitos hipócritas que "toleram" por questões legais.
Verdade!
Ah, essa Curitiba "branquinha" e preconceituosa,
que vem melhorando a olhos vistos
com essa bela miscigenação.
Viva a diversidade!
 Mais uma vez,
Salve Narciso!
(por onde
 andará?)
Viva Itamar,
lá no Beleléu.
Valeu!
****
**
*










10 comentários:

Don Suelda disse...

Lina Faria:

Namorei a Denise Assumpção por dois dias, quando morava na casa do Karam. Só que esqueci de avisá-la. Qui! Qui! Tempo bom!

Solda

Jorge Pinheiro disse...

Estranho isso no Brasil...

Lina Faria disse...

Estranho, Jorge?
O Brasil é um país extremamente preconceituoso.
Os negros, por terem vindos como escravos, são até hoje estigmatizado pela elite dominante.
Pra quem vive aqui isso é vergonhoso, mas, infelizmente, não estranho.

Lee Swain disse...

Engraçado, que um dos meus melhores amiguinhos no primário, no Julia Wanderley, era um negro que a gente chamava de Pelézinho. Na minha inocência não entendia porque quando eu brincava com ele os outros colegas desapareciam.

Lina Faria disse...

Não é, Swain?
Pior! Os poloneses, que vieram junto com os japoneses, prá suprir a mão de obra dos escravos, após a abolição, também sofriam discriminação.
Só após a vinda de João Paulo II, papa polones, resgataram a dignidade.

blaguedoblog disse...

Falemos também da Denise, deusa negra de beleza rara, atriz de raro talento junto com o Narciso, que, por sinal, já morreu.
Os três são de Arapongas - cidade onde nasci -, filhos de Januário, capoeirista famoso, segundo me contavam os primos.

Jorjão.

jeff disse...

Fui vizinho do Narciso lá por 1987/88... por ser negro também todos achavam q ele era meu pai! hehe... eu ouvi dizer q ele faleceu há anos atrás. Não sei se é verdade mas seria uma lástima.

jeff disse...

Fui vizinho do Narciso lá por 1987/88... por ser negro também todos achavam q ele era meu pai! hehe... eu ouvi dizer q ele faleceu há anos atrás. Não sei se é verdade mas seria uma lástima.

Anônimo disse...

Bom dia, primeiramente quase chorei lendo essas mensagens... Lá vai o motivo: Hoje no meu emprego (Curitiba) meu chefe perguntou de onde eu vim, eu disse ser Curitibano, dai ele perguntou: E seu pai? Eu respondi que veio do Tiête, ele respondeu: Terra do grande Itamar Assumpção, eu sem acreditar respondi: Meu TIO... Ele duvidou, mostrei minha identidade, meu nome é Narciso Julio dos Reis Assumpção Junior, filho do Grande Narciso Assumpção e sobrinho da Denise e do Itamar, (não conheço direito a história da minha família, mas posso contar o pouco que sei) Meu pai deixou a televisão e casou com uma descendente de Alemã que veio do interior do Paraná, tiveram um filho (eu) quando eu tinha 6 anos(2002, hoje tenho 18 anos), meu pai morreu... Fui uma vez visitar minha Tia, ela é Atriz e Cantora ainda, meu tio morreu, isso vocês devem saber. Tenho muito a agradecer por vocês terem compartilhado essas informações comigo, minha mãe não gosta muito de me contar histórias sobre meu pai. Se quiser saber mais alguma coisa é só perguntar, Um forte abraço emocionado

Anônimo disse...

Foi em 2000 que meu pai morreu*

Quem sou eu

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Curitiba, Paraná, Brazil
Sou fotógrafa e curiosa. Vivo na cidade de Curitiba e gosto de olhar e documentar a relação das pessoas com os espaços em geral. Levo isso ao pé da letra, quando fotografo as ruas e sua ocupação desordenada. Também nos interiores das submoradias, longe de qualquer padrão de ordem mas com um sentido de segurança, mesmo que penduradas e vulneráveis à primeira chuva. Mas tudo isso tendo como compromisso a beleza, a harmonia. Mesmo na realidade de uma favela, resgatar a dignidade através do belo é o que me interessa. Gosto também, e muito, de design e arquitetura. Da social à contemporânea, o gosto pelo ocupar me interessa. contato: linafaria@yahoo.com.br
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