maio 09, 2010






É dia das Mães, eu resolvi...








 




Nada de perdão, a quem quer que seja.
À minha mãe, que já se foi, talvez.
Por eu não ter realizado suas espectativas de ser feliz para sempre,
para o que, segundo ela, o único caminho é o casamento.
Não me casei nunca, pelo menos nos padrões por ela idealizados.
Tive duas filhas, às quais ela tentou manter seus sonhos, sua tradição,
dando a elas um anel, aos 15 anos, e cumprindo a todo Natal o ritual do Papai Noel.
Minhas irmãs, padrão ideal da família, casaram-se com os primeiros namorados.
Eu, a excessão.
Achavam, que por eu ter batido a cabeça quando adolescente, ficara assim, diferente.

Hoje sinto que minhas filhas não procuram, como eu, esse padrão esperado pela avó, 
mas também não dispensam um aconchego de vez em quando, e sentem saudades dela.







.

10 comentários:

Lee Swain disse...

Lina, te entendo perfeitamente, tb bati a cabeça na infância. Pode ter certeza que nossas mães deram um desconto.
Bjs

João Menéres disse...

LINA

Em Portugal, os católicos assinalaram o DIA DA MÃE no passado dia 2 e os protestantes no dia de hoje.
Apreciei o teu depoimento e, como disse a LEE, também tenho a certeza que o tal desconto foi concedido.

Um beijo deste teu fã.

Silvares disse...

Mais um que bateu forte com a cabeça. Tiveram de cosê-la com 30 pontos!
:-)
Talvez por isso o meu não-casamento dura há 22 anos. Os meus amigos que se casaram com papel assinado estão todos divorciados... estranho?

peri s.c. disse...

Somos anjos relativamente tortos .
E sensíveis.

Luiz Vita disse...

Lina,

Não vou te desejar feliz dia das mães, mas sim "feliz dia das mães que bateram a cabeça". Acho que minha mãe também levou alguma pancadinha na testa....
Beijos

Jorge Pinheiro disse...

Ninguém bate com a cabeça. São tudo preconceitos e a reacção a um preconceito é outro preconceito.
Que bom ser feliz com as filhas. Isso sim importa.
Obrigado pelo seu comentário lá no Expresso. Gostava de lhe deixar uma nota mais pessoal...

Lina Faria disse...

Swain,
é sempre bom ter uma desculpa para tudo. hehehe...


João,
como já disse acima, as mães sempre arrajam uma desculpa às rebeldias dos filhos.
Obrigada, João.
beijo!

Silvares, sempre digo que nunca entrei em um cartório, nem pra casar nem pra abrir uma firma comercial. As duas modalidades são praticamente indissolúveis.
Ganhou nos pontos. Os meus foram 28, com um quase escalpo.

Peri,
"quando eu nasci veio um anjo safado. um falso de um querobim..." hahaha...

Vita,
Obrigada pela solidariedade de sua mãe. hehehe

Jorge, gosto muito do Expresso. Não tem o que agradecer.

Beijos a todos!
Obrigada.

Joaõ Valentin Wawzyniak disse...

Minha mãe deve se perguntar se foi a pedrada que levei na cabeça numa briga de rua ou a batida que dei na quina da mesa quando estava detido em casa com sarampo.

Lina Faria disse...

Fez a quina com sarampo, João?
abs,

san disse...

Boa, sister.
Seguinte, minha Mamãe se foi e me deixou aqui neste vale de lágrimas. Mas como me ama muito, mandou um anjo maravilhoso pra alegrar essa minha vida, que andava mais seca do que a do pessoal do Graciliano.
Mas eu, como você, tenho minhas culpinhas fofas de estimação, que lavo, penteio, alimento, levo pra tosar na Guilt Shop, recolho as cacas que elas largam durante o passeio, and so.
E nessa, também acho que não fiz tudo o que a minha Mamãe esperava de mim. Mas, como sou uma pândega penso que ela também não fez tudo o que eu esperava, então, de boa.

Casar até casei e afirmo que isso não faz falta em CV nenhum. Let it be.

Ainda bem que a moçada hoje em dia é mais susse com essa pira.

Disso tudo o que importa é que ser mãe é ser oscarizada pela Academia de Artes e Ciências da Vida, olha que lindo! Não conte pro Vi que eu escrevi isso, não o envergonhe, haha.

Quem sou eu

Minha foto
Curitiba, Paraná, Brazil
Sou fotógrafa e curiosa. Vivo na cidade de Curitiba e gosto de olhar e documentar a relação das pessoas com os espaços em geral. Levo isso ao pé da letra, quando fotografo as ruas e sua ocupação desordenada. Também nos interiores das submoradias, longe de qualquer padrão de ordem mas com um sentido de segurança, mesmo que penduradas e vulneráveis à primeira chuva. Mas tudo isso tendo como compromisso a beleza, a harmonia. Mesmo na realidade de uma favela, resgatar a dignidade através do belo é o que me interessa. Gosto também, e muito, de design e arquitetura. Da social à contemporânea, o gosto pelo ocupar me interessa. contato: linafaria@yahoo.com.br
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