No tempo em que as casas tinham nome
Há anos fotografo as casas que trazem em seus frontões seu nome, sua graça, como dizia-se
antigamente.
Tenho muitas em película, sem devido cadastramento, mas quando encontro uma não deixo de fotografar
em digital, comparando depois quais ainda resistem.
Essa é de hoje, em P&B, pela luz difusa e densa de um dia de garoa.
No tempo em que um solar, um sobrado, um bangalô, uma casa, servia de base,
de abrigo a várias gerações de uma só família.
Hoje em dia quando ainda se constroem casas, ninguém registra-a pra safar-se do compromisso de pranteá-la,
quando for abaixo, pelas mais diversas questões que passam sempre pela disputa e "otimização" de solo, ou do bolso de alguém.
Hoje a Villa Thereza, provavelmente
homenagem a uma matriarca da família,
passou pelos meus olhos.
4 comentários:
LINA
Vou agarrar a tua ideia !!!
É também a forma que tenho de te transmitir o quanto aprecio TODO o teu trabalho...
Um beijo.
João,
Será para mim uma honra.
Boas celebrações aos netos, aí além mar!
bjs,
Bela contextualização, Lina. Identifico-me, pois sou uma amante de casas, principalmente, como você aponta, das antigas, empapuçadas de histórias e sentimentos. Eu sou uma pranteadora de casas e, olha, isso dói. Talvez por esse motivo elas tenham sido paulatinamente despersonalizadas. Vivemos tempos de pasteurização. Aliás, atualmente tempos de Ultra High Temperature, programada para matar toda bactéria sentimentalóide.
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