Pocket Park
O conceito pocket park, ou parque de bolso, onde nichos obsoletos da cidade são ocupados com equipamentos que proporcionem o "estar" da cidade, chegou a ser discutido e proposto no primeiro plano de governo municipal de Beto Richa. Também nos miolos de quadras os espaços seriam ocupados por cafés, livrarias e outras atividades de curta permanência, pequenas escalas ao cidadão. Em Carácas, Venezuela, onde no boom do petróleo foi construído um verdadeiro show-room do modernismo, é muito comum a cada edifício, obras de artes, Jesus Sotto é unipresente por lá - e pequenos boulevares onde o cidadão faz pit stops, entre compras e compromissos. É claro que com a imagem acima estou ironizando de como em Curitiba seriam ocupados esses parques de bolso. Nesse macabro aspecto, não podemos esquecer de uma escultura de Eliane Prolick que acabou servindo de abrigo de indigentes. Numa fatídica noite um carro invadiu o espaço da escultura, matando o pobre mendigo. É claro, como no caso do marido que flagra a mulher com o amigo no sofá e joga o sofá fora, tiraram de lá a obra de Prolik. Tenho uma série que na época fiz, documentando onde o povo fica quando precisa de um estar. A Catedral, por exemplo, é um dos lounges prediletos do povão.
2 comentários:
Interessante esse conceito de " pocket park".
Também gosto, Peri, Não sei se por aqui funcionaria.
Postar um comentário