Chove lá Fora
Cartão Postal
Paraty, sempre uma boa opção. Do cartão postal aos paradoxos que não a livra de pecados ambientais, mas mantém, me parece, um sentido de cidadania. Não há, por exemplo, pichações na cidade. Todos os espaços estão ocupados. Não há não-lugares. Muros, espaços vazios, ninguém altera o estabelecido. Rodei pelas ruas até fora do centro histórico e nada. Tudo na mais perfeita ordem. O Olho da rua que vive e se sustenta de ser um Nâo-Lugar, não achou espaço, como Georges Rousse. Pensei em sempre marcar por cidades onde ando, com um estêncil, mas não houve nada que fosse pertinente ao sítio e ao conceito do meu projeto. Tudo muito bem ocupado. Voltando ao genial Rousse, ele afirma fortemente que em seu trabalho não há compromisso algum com o tempo, visto que não nutre qualquer ligação com o que houve ou haverá nos sítios escolhidos. Ao contrario de mim que crio ligações com eles, os espaços.
O bom é ver a interação do público com a obra. Obra de fôlego do francês que consegue fragmentar a perspectiva.
Ele também observou não haver muros na cidade, dai ter escolhido um velho mercado de peixe para suporte de seu trabalho para o 6º Paraty em Foco.
2 comentários:
Espectaculares estas imagens!
Como foi possivel atrasar-me tanto ?
Um beijo.
João,
como sempre, espirituosas suas observações.
Ai foi uma brincadeira minha com o trabalho do francês Georges Rousse, o estrangeiro gozador.
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