O Carnaval e seu Espaços
Este ensaio é de 2008. Tento mostrar aqui como os cidadãos da periferia sentem-se à vontade na área dita do poder. O espaço permite. Durante o Carnaval, os parques e praças do entorno ficam tomados pela lida, no preparo para a entrada do grande espetáculo. São os bastidores, a coxia, antes da apoteose.
Tenho fixação por ocupações expontaneas, desde que educadas, higiênica. As praças são espaços a serem ocupados com fluidez. Para essa função momentânea do uso. Há também o trunfo de ocupar o espaço do poder, nem que seja uma vez por ano.
Agora, soube, o Carnaval volta para a Marechal Deodoro. Talvez pelas obras radicais da Cândido de Abreu. Vão assustar-se, os carnavalescos. Voltam para um ambiente diferente.
Mas o povo adapta-se logo. Já, se o público "da matriz" voltará a frequentá-lo, aí é outra coisa.
Eu mesma, esse ano, nem desci três quadras pra ver toda essa alegoria. Mas de longe vi e ouvi uma legião de foliões que já justificam o Carnaval resistir no nosso Calendário.
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