Desconstruido a Luz
foto Hélvio Romério / AE
Esses domus coloridos de acrílico povoam meu imaginário como bolas de sabão a refletir a modernidade,
a urbanidade que uma menina do interior sonhava explorar.
Porta de entrada de Sumpaulo, sim senhor!
A disnelândia, para os mais fantasiosos como eu, Las Vegas para os mais ousados e adultos, pouco importa o formato.
A verdade é que vários Lulas romperam a megalópolis, ganharam a luz, por esse monumento kitsch que hoje sucumbe.
Não vou ser extemporânea.
Se as instalações chegaram à indiferença social e física por tantos anos, não vou agora chorrar o defunto que eu também abandonei.
Só acho que essa situação merece reflexão. O que nos é importante merece zêlo.
Acho ainda que deveriam manter um testemunho , um monumento ao emigrante que era expelido à cidade sonho por essa filtragem colorida onde o ônibus se arrastava, sem pressa, para estacionar e soltar os novos cidadãos. Não me espanta se daqui a pouco queiram reproduzir algo com esses elementos de acrílicos coloridos e não seja mais possivel reuni-los.
Sou mesmo ligada à simbolos e signos. Sou antenada a essas apropriações sentimentais.
Mas que posso fazer senão lamentar e deixar ir?
Assim é a vida...
Leia a matéria no Estadão e vejam as outras fotos de Hélvio Romério/AE http://blogs.estadao.com.br/
4 comentários:
Lina,
Você mexeu com minhas lembranças. Esse prédio extremamente kitch que foi a rodoviária de SP me traz inúmeras lembranças da infância, de quando eu embarcava com a família em um ônibus da Cometa rumo ao Rio de Janeiro, onde vivia (e ainda vive) a família de minha mãe.
Tenho boas recordações desse período.
Beijos
Luiz
Vita,
Pois acho que todos os que chegaram a Sampa têm boas recordações do lugar.
Chegará hora em que teremos saudades do nosso entorno todo.
bjs,
Vc me deu uma ideia para atualizar meu blog.
bjs
Ah, tava na hora!
Já sintia o cheiro de bolor do baú!
bj!
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