Cerejeiras Curitibanas são como
Vampiros Brasileiros
Cheguei atrasada. A florada das cerejeiras da praça do Japão não traz mais o viço dos primeiros dias. Já quase de despedem, as flores, soltando suas pequenas pétalas e se fechando em um tom mais denso. Como bem disse o Nego Pessoa, há também outra espécie de cerejeira plantada ali. Essa da primeira foto é irmã das plantadas na Rua XV, entre Monsenhor Celso e Barão do Rio Branco, e fica na 7 de setembro, perto da praça do Japão.
Mas na Praça própriamente dita, há uma prima, que tem flores em forma diferente, como aparecem na segunda foto.
Bonitas, não? Penso mais nobres por serem em menos. Quanto à forma e volume das árvores que, soube, as frutíferas são arbustos no Japão, aqui ficam à sorte das podas de quem delas cuidam.
Na foto acima que mostra a espécie em maior número, vejam que a árvore por estar na calçada sob cabos elétricos, eletrônicos, cibernéticos..., ganhou o corte padrão curitibano que é fazer um V bem no meio da galhada para livrar o espaço da fiação. Essa, a fiação, toda exposta numa altura tão pouca pra uma rua tão elegante do Batel.
A podada padrão, questionada por alguns especialistas como sendo uma forma de deixar mais vulnerável a árvore, no mínimo compromete o visual da planta. Como bem dizem os fazedores de bonzais e açougueiros, conforme o corte se terá o produto.
As cerejeiras da praça trazem um layout bem oriental. As da rua XV crescem meio livres de podas. Já as das calçadas terão sempre essa marca, como o topete o foi, de cerejeira curitibana. Mais ou menos como vampiro brasileiro, entendeu? hehehe...
Um comentário:
Belas assim mesmo, apesar das nossas interferências humanas-urbanas.
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