julho 24, 2010





Cerejeiras Curitibanas são como

Vampiros Brasileiros










Cheguei atrasada. A florada das cerejeiras da praça do Japão  não traz mais o viço dos primeiros dias. Já quase  de despedem, as flores, soltando suas pequenas pétalas e se fechando em um tom mais denso. Como bem disse o Nego Pessoa, há também outra espécie de cerejeira plantada ali. Essa da primeira foto é irmã das plantadas na Rua XV, entre Monsenhor Celso e Barão do Rio Branco, e fica na 7 de setembro, perto da praça do Japão.
Mas na Praça própriamente dita, há uma prima, que tem flores em forma diferente, como aparecem na segunda foto. 






Bonitas, não? Penso mais nobres por serem em menos. Quanto à forma e volume das árvores que, soube, as frutíferas são arbustos no Japão, aqui ficam à sorte das podas de quem delas cuidam.
Na foto acima que mostra a espécie em maior número, vejam que a árvore por estar na calçada sob cabos elétricos, eletrônicos, cibernéticos..., ganhou o corte padrão curitibano que é fazer um V bem no meio da galhada para livrar o espaço da fiação. Essa, a fiação, toda exposta numa altura tão pouca pra uma rua tão elegante do Batel.

A podada padrão, questionada por alguns especialistas como sendo uma forma de deixar mais vulnerável a árvore, no mínimo compromete o visual da planta. Como bem dizem os fazedores de bonzais e açougueiros, conforme o corte se terá o produto.
As cerejeiras da praça trazem um layout bem oriental. As da rua XV crescem meio livres de podas. Já as das calçadas terão sempre essa marca, como o topete o foi, de cerejeira curitibana. Mais ou menos como vampiro brasileiro, entendeu? hehehe...



Um comentário:

Ciro disse...

Belas assim mesmo, apesar das nossas interferências humanas-urbanas.

Quem sou eu

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Curitiba, Paraná, Brazil
Sou fotógrafa e curiosa. Vivo na cidade de Curitiba e gosto de olhar e documentar a relação das pessoas com os espaços em geral. Levo isso ao pé da letra, quando fotografo as ruas e sua ocupação desordenada. Também nos interiores das submoradias, longe de qualquer padrão de ordem mas com um sentido de segurança, mesmo que penduradas e vulneráveis à primeira chuva. Mas tudo isso tendo como compromisso a beleza, a harmonia. Mesmo na realidade de uma favela, resgatar a dignidade através do belo é o que me interessa. Gosto também, e muito, de design e arquitetura. Da social à contemporânea, o gosto pelo ocupar me interessa. contato: linafaria@yahoo.com.br
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