novembro 29, 2009

Um cigarro, por favor...

Concordo que o respeito ao ambiente do próximo seja um ato civil que deve ser cumprido por todos.
Concordo que peguei pesado postando a foto da mão do Gregório. um músico de 58 anos, que acabou nas ruas. Mas não foi o cigarro ou o crack, que hoje em dia deve fumar, a levar esse senhor a confeccionar um tosco instrumento de cordas e ir viver na rua, tirando umas duas ou três músicas em troca de um troco. Foi o álcool, droga legal e barata, que mascara a dor do sofredor, que o consola e o exclui.
O que me incomoda é essa hipocrisia de fechar os olhos para o problema.
Há leis para não vender a menores, mas não há controle.

Também a questão cultural de algumas gerações que cresceram vendo filmes e fotos glamurosas, com pessoas bem sucedidas, graças à atitude de fumar.
Acho que com todos os esclarecimentos sobre os maus do cigarro, quem ainda os fuma, o faz por livre opção.
Acho também que a qualidade do ar que respiramos, graças aos automóveis, industrias, etc...é outra coisa que deve ser cobrada com mais rigor.
Enquanto isso, veremos aumentar o números de bêbados vivendo nas calçadas a pedir: um cigarro, por favor...

novembro 28, 2009

Fumando na Chuva

Pode?
Vivemos os primeiros dias de lei municipal que proíbe fumar em ambientes fechados, sob pena de multas altíssimas ao estabelecimento que a desrespeitar.
Ontem, após a homenagem ao jornalista e escritor Nireu Teixeira, fomos, todos os amigos, ao Bar do Alemão logo ao lado,
Como chovia, vários foram de guarda-chuva fumar no grande Largo à frente.
Alguns solitários andando, como o Maringas, outros já sentados nas mesinhas de fora, mesmo, sob suas tendas, como Fernando Popp, Auta Resende, Maí Nascimento, Anaterra e eu, que não fumo mas estava adorando o papo na chuva.
No calor dá para enfrentar essas aventuras...

Em Frente ao Coqueiro Verde...

Uma das tardes mais emocionantes que vivi.
Tipicamente curitibana, caia uma fina garoa que não intimidava nenhum dos participantes. Era como se estivessemos todos no Bar Botafogo, ouvindo o batuque da caixinha de Nireu Teixeira.
Um dos mais nobres sitios de Curitiba, estará ele, na Praça Garibaldi, em seu Memorial, junto aos músicos que todos os domingos ali tocam seu chorinho. Ninon, sua "Narinha", veio junto ao Tito, o neto, puxando o coro das emoções. Que bela homenagem ao homem de bastidores que fez muito de nossa moderna Curitiba, e pelos filhos queridos, Doris, Nanci, Iara e Junior, meus grandes amigos!

*recadinho à Iara: tem mais muitas fotos da festa do guarda-chuva. Vou postar aos poucos pelas minhas limitações eletrônicas.

novembro 27, 2009

Orlando Pedroso

Aqui duma lan house, copio e colo do blog do Solda, http://cartunistasolda.blogspot.com/, esse trabalho "dautônico"- lembrando Dalton Trevisan- de Orlando Pedroso.

Nireu Teixeira, ao eterno abraço...


*clique para ver a imagem!
"Que bom de tarde com os amigos!",
diria nosso saudoso e querido Nireu Teixeira.
Pouco usufrui ao vivo dessa grande figura,mas muito sei pelos seus livros, histórias e estórias, contadas pela legião de fãs e amigos que fez, e pelos queridos filhos, a quem ele passou todas as lições. Desde a lista dos livros que todos têm que ler (quero uma cópia!), ao batuque que levava com sua caixinha de fósforos. Essa última modalidade, ninguém conseguiu como ele.
Hoja à tardinha, alguns de seus amigos irão encerrar cedinho sua semana e correr para o abraço à sua escultura. Quem não iria?
Ah, a foto, apesar de estar no blog do Solda como minha, eu não estava no bate papo entre ele e Fernando Canalli, o autor da escultura.
Inté lá!
foto Dóris Teixeira, do blog do Solda.

novembro 26, 2009

Aviso!

Estou sem computador. Tanto o portátil, quanto o fixo, bicharam.
Estou aqui, usando rapidinho o da minha filha, enquanto ela está em casa.
Portanto, por enquanto, sem blog.
Mas não desertem!
Eu voltarei.
Beijos,
Lina

novembro 21, 2009

Com reservas

Ou reservada, como queira.
Não reservada a alguém.
Mais no sentido de reclusa, na minha, amém...
foto Vera Solda

Portal do Passeio Público

http://europeforvisitors.com/paris/articles/paris-dog-cemetery.htm

"Os dois portais art noveau do Passeio Público foram projetados
quando da reforma do Passeio público promovida, em 1915, por Cândido de Abreu é de autoria do arquiteto francês Joseph Bouvard..."( leia na integra a errata do leitor nos comentários).
* Recebo de um atento e ilustrado leitor anônimo, uma correção sobre essa postagem.
O curioso é que eu já sabia do fato de o portal ser igual ao do cemitério de Paris. Fui ao google para saber o nome do arquiteto.
E lá encontrei:
Trata-se de um dos mais importantes símbolos da capital paranaense e uma grande área verde em plena área urbana. Seus dois portais, projetados pelo arquiteto Frederico Kirchgässner, são réplicas dos portões do Cemitério dos Cães, de Paris.

O texto do leitor, elegante, categórico, dá uma aula de história de Curitiba, cujo sotaque, acho, reconheço. De menos. O bom é ter a sorte de termos nos equivocado e sermos corrigidos de forma tão sútil.
Acionei o Google para confirmar a autoria do Portal do Passeio, e a Wikipedia fez o desserviço de informa-lo errado. Querendo conferir:

"Há vida em Marta"

http://havidaemmarta.blogspot.com/

"Selaví"

O universo da internet e dos blogs, faz-se formar uma família virtual que,
pelos estreitos laços, esbarram às vezes nas diferenças.
Sorte que há distancia física que ajuda a contemporização dos fatos e palavras.
Diferenças em processos de vida, profissão ou conduta, faz com que cada um tenha diferentes reações sobre um mesmo fato.
Torcemos para que haja consenso entre opiniões diversas, cada um com sua razão, para que haja harmonia, quer no mundo real, quer no virtual.

Selaví, como diria nosso querido Boczon...

novembro 20, 2009

Vitima da Vez

O Eduardo Lunardelli teve o "carinho" de me caricaturar.
Ele chama de vítima, mas na verdade é uma deferência que faz aos amigos virtuais.
Obrigada, Eduardo. Não me sinto minimamente vítima.

novembro 19, 2009

Amanhã, outro dia...

Um belo por do sol. Desses que os amadores têm medo de expor porque alguém disse que é cafona.Sei, nem todas as imagens e assuntos são digestivos nesse espaço.Mas é o meu jeito de ser e me expressar.



Cortina Sanduiche

Essa, emparedada entre o vidro e as folhas de madeira.

novembro 16, 2009

Meus Sudários

São anos de busca, de atenção e venho colecionando essa arqueologia do morar no centro, através da marca deixada na base lateral da casa ao lado da que não existe mais.
Cores, suor, texturas, umidade. Marcas das formas que se sobrepuseram à sua função.
Encontrei hoje este. Para variar, desmancharam a casa pra fazer estacionamento de carros.

O Embate

Uma casa antigamente acolhia várias gerações de uma mesma família.
Hoje, com a especulação imbiliaria e a ânsia em conseguir um espaço central,
várias casas antigas viram estacionamento. Ou seja, o carro ganhando o espaço
da casa.
Eu que documento há anos as marcas das casas sucumbidas, meus Sudários,
consigo aqui documentar o embate do carro com o próprio homem por um espaço.
Alguma coisa está fora da ordem!

BIRUTA ROMPIDA


Não, esse não é um álibe encomendado pela Itaipu. Não sei se o tufão que, dizem, causou o apagão, foi o mesmo que deflorou a biruta que faz expediente, enfrentando o vento, no hotel perto da minha casa. Só sei que ela amanheceu rompida, arrombada.
Como tudo agora é culpa da natureza rancorosa, acho que foi o mesmo tufão...

novembro 15, 2009

Pelados da Rua Riachuelo


Dante Mendonça


O apagão de Itaipu pode trazer alguma vantagem extra para Foz do Iguaçu.

Para o gáudio do segundo destino turístico do Brasil - só perde para a Cidade Maravilhosa -, quem sabe aqueles que ainda não conhecem o gigantismo de nossas águas agora se animem a ver de perto a parede onde o Brasil está ligado na tomada.
Até o apagão desta semana, se pensava que apenas “São Paulo não podia parar”. Se a locomotiva andasse, os vagões vinham atrás. Ledo (Ivo) engano: A Usina de Itaipu é que não pode parar. “Oh, raios! Então não foi São Pedro que nos deixou comendo pizza à luz de velas? “, se perguntam agora os senhores da Avenida Paulista. Especialmente aqueles infelizes que ficaram horas trancados no elevador.
Precisou de um breu quase do tamanho do Brasil para ficar claro que a luz da sala não nasce apenas no poste da esquina. Também nasce da magia de Itaipu, cantava o poeta Mário Quintana.
***

Como um riso trancado / o rio explode numa gargalhada / e luz, calor, energia! / Parece até mágica / do homem da Usina / (E, se duvidares, muito daqui a pouco sairão voando / todas as gravatas borboletas...)***


A magia de Itaipu, que serviu de inspiração ao poema, também levou luz à ópera.
Nos anos 1980, acompanhado do diretor Gerald Thomas e da cenógrafa Daniela Thomas (filha de Ziraldo), o músico Philip Glass foi a Foz do Iguaçu e ficou pasmo com aquele ruído ao longe. Glass apurou os ouvidos, fechou os olhos por um instante e foi conhecer aquela sinfonia do Rio Paraná.Eram quase 18h quando a trupe entrou na usina, vindos diretamente de Miami para conhecer Itaipu. Pelo olhar, testemunharam os anfitriões, os três artistas (apesar de já terem aterrissado há um bom tempo em Foz) ainda estavam viajando... e viajando...Depois de ver e ouvir a parte “viva” da usina, as proporções fascinaram os visitantes, que definiram o cenário como “jamesbondiano”, um local próprio para encenar uma história de amor.
***
Um mês depois, a Folha de S. Paulo publicou em letras gordas que Philip Glass preparava ópera sobre uma história de amor na Usina de Itaipu.
“O CD com a ópera de Itaipu foi lançado em 1980, com a Atlanta Simphony Oschestra and Chorus e regência de Robert Shaw, pelo selo Classical da gravadora Sony. No encarte do CD, escrito em inglês, alemão, francês e italiano, a visita a Itaipu é documentada. O folheto lembra que, ao percorrer os imensos dutos a conhecer as gigantescas turbinas, Glass ficou atônito diante daquela demonstração da engenhosidade humana e sua capacidade de transformar a natureza, comparando o empreendimento, em audácia e inventividade, à construção das pirâmides do Egito. Ele soube imediatamente que a ópera seria inspirada na barragem de Itaipu: “Eu olhei e disse: já sei como será o trecho (da Ópera)’”. O texto prossegue, afirmando que, com a música montada na cabeça, Glass começou a procurar por um texto. “Seu amigo Marcelo Tassara trouxe aquilo que ele considerou a solução perfeita, uma criação mitológica dos índios guarani, para quem o Rio Paraná é o lugar onde a música nasceu”.
***
Hoje com 71 anos, Philip Glass só não sabia de uma outra história de amor de Itaipu. Na construção da usina, com exceção feita às famílias já constituídas de engenheiros e técnicos que residiam nas vilas, a Binacional não permitia o namoro entre seus funcionários na obra. Foi quando um jovem engenheiro apaixonou-se por uma das bibliotecárias. Com a paixão correspondida, foram vistos pelo canteiro de mãos dadas. Foi um escândalo. O assunto chegou à diretoria, que decidiu pela demissão do rapaz. O encarregado de pessoal simplesmente pegou uma tesoura e cortou a ponta do seu crachá. Era o ritual que o desligava de Itaipu.
***
Poucos sabem, esse talvez tenha sido o primeiro apagão de Itaipu.

Dante Mendonça (13/11/2009) O Estado do Paraná.

novembro 14, 2009

Domingo, parque...

Parque São Lourenço, uma antiga fábrica de cola.

Os Gansos do Barigui

O tempo prega peças nos fotógrafos.
Fui ao Parque Barigui para fotografa-lo e o tempo fechou, repentinamente.
Como ficou mais fresco, decidi abandonar a pauta e acompanhar os patos.
Impressionante, eles têm um espírito solidário entre si. Ainda com sol, todos estavam juntos, sob uma árvore. Nublou, foram todos passear, salvo três deles que ficaram cuidando de uma ninhada de patinhos sob a árvore.

*fui obrigada a fazer uma correção. Segundo Cláudio Boczon, do http://www.boczon.blogger.com.br/, as aves não são patos, mas sim seus primos encrenqueiros, os gansos. Os gansos são também chamados de "cachorros de polaco". Como quem entende de polaco é o Boczon, está corrigido.

novembro 13, 2009

Anfiteatro de Pedra

Universidade Livre do Meio Ambiente.
Pedreira desativada que virou espaço de educação ambiental.

novembro 12, 2009

Ai, que medo!

Outro dia vi uma matéria na televisão sobre o "anonimato" das garis.
Elas diziam que se sentiam invisível. Que ninguém percebia suas presenças.
Não é verdade. As garis aqui de Curitiba, várias delas, têm vínculos sociais com o público que frequenta a região onde trabalham.
Essa, por exemplo, é a Maria Edna. Ela cuida da Praça Osório e imediações. Nesse dia, conversando com Sulanita, a cartomante da praça, mesmo sob as árvores usava sombrinha.
Perguntei porque e ela respondeu que agora no calor ela tem medo dos bichos que caem das árvores.
Observei suas colegas fazendo crochê num banco - era hora do almoço - e tentei um papo, sem muito sucesso. Elas estão bravas porque caíram bichos nelas hoje. Ah, bom!

novembro 11, 2009

Estação Tubo

Curitiba tem umas soluções urbanas interessantes. O da estação tubo, por exemplo, como são chamados os pontos dos ônibus biarticulados de vidro, ao longo das pistas exclusivas a. Hoje os ônibus biarticulados têm a frequência que tinham. Aumentou o público e os veículos não aumentarem o suficiente. Esses tubos são pequenos, não comportam muita gente a esperar o ônibus. Mesmo com veículos biarticulados, não há o suficiente para um serviço ágil, nas horas de pico.
Mas, ainda assim, é bom!

novembro 10, 2009

Secos & Molhados

Conversas no armazém ou no"negócio",
como eram chamadas as vendas dos bairros de Curitiba.

Praça Generoso Marques

O espaço, ainda com o piso em pedras portuguesas e os
postes repúblicanos, visto através da tela de segurança.

novembro 09, 2009

A Maternidade que virou Funerária

Essa pintura ficou décadas na fachada da Funerária São Francisco, localizada na rua com o mesmo nome. Já há algum tempo, a funerária mudou-se para o prédio ao lado. Bem maior, dá para notar que a saúde financeira do mercador de urnas mortuárias vai bem, obrigada.
Nada demais, não fosse o vizinho que fechou uma maternidade. Ironico, não?

novembro 06, 2009

Magnólias

Algumas ruas da cidade ainda têm árvores de magnólia. Hoje mesmo encontrei duas.
Tristes e com pouquíssimas flores, mas ainda dignas. Essa que vi e fotografei, mora na rua em frente à Sociedade Garibaldi, mas no espaço público.
Na Rua Bento Viana ainda tem algumas. No Cabral também se vê, uma ou outra. Mas uma alameda com várias delas floridas, carregadas de flor, isso virou memória..

A Curitiba Quente

No calçadão da Rua da Flores, o curitibano comemora uma rara noite de calor.

Luz no Fim do Túnel

Universidade Livre do Meio Ambiente, em Curitiba.

Quem sou eu

Minha foto
Curitiba, Paraná, Brazil
Sou fotógrafa e curiosa. Vivo na cidade de Curitiba e gosto de olhar e documentar a relação das pessoas com os espaços em geral. Levo isso ao pé da letra, quando fotografo as ruas e sua ocupação desordenada. Também nos interiores das submoradias, longe de qualquer padrão de ordem mas com um sentido de segurança, mesmo que penduradas e vulneráveis à primeira chuva. Mas tudo isso tendo como compromisso a beleza, a harmonia. Mesmo na realidade de uma favela, resgatar a dignidade através do belo é o que me interessa. Gosto também, e muito, de design e arquitetura. Da social à contemporânea, o gosto pelo ocupar me interessa. contato: linafaria@yahoo.com.br
Todos os direitos reservados à autora.
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